sermão

quando fico em teus braços

me faz bem o teu perfume 1

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e é assim... vendaval. Mas pode ser que seja demais pra mim. Pode ser que eu não esteja remando na direção certa (pode ser?!). pode ser mesmo que o sermão (já esperado) tenha servido de alguma coisa nesta cabeça vaga e vária que carrego em cima do pescoço... O perfume faz mesmo bem. impregna. sentido por horas. e o outro gume da arma branca? (me fez lembrar d'A Grande Arte. Ah... Fonseca! Grande parte de meus medos é apertar um botão chamado "foda-se" e perder o que me resta do dito moralismo católico, talvez.) é!!! e o outro gume? aquele lá (ou já seria melhor dizer: aqueleS lá?!)

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De certo, nadas e noves. O estrago sempre muito bem me acompanhou. Até gosto! Mas uma pulga está plantada atrás da orelha da morena. Quem souber, me salva??? Completando divagações e pensamentos imperfeitos, recheados de verdades ocultas e obsoletas, eis o achado do dia! Ainda que tenha sido lido ao escurecer, mesmo que tenha sido remoído por poucos 30 segundos.

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De manhã

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O hábito de estar aqui agora

aos poucos substitui a compulsão

de ser o tempo todo alguém ou algo.

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Um belo dia - por algum motivo

é sempre dia claro nesses casos -

você abre a janela, ou abre um pote

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de pêssegos em calda, ou mesmo um livro

que nunca há de ser lido até o fim

e então a idéia irrompe, clara e nítida:

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É necessário? Não. Será possível?

De modo algum. Ao menos dá prazer?

Será prazer essa exigência cega

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a latejar na mente o tempo todo?

Então por quê?

E neste exato instante

você por fim entende, e refestela-se

a valer nessa poltrona, a mais cômoda

da casa, e pensa sem rancor:

Perdi o dia, mas ganhei o mundo.

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(Mesmo que seja por trinta segundos.)

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[Paulo Henriques Britto]

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pS: após me reler, não senti conexões bem feitas. Percebi, antes, incoerências. Há algo de errado no país das maravilhas? ou tudo está como devia estar (e sempre esteve)?

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1 Zezé e Luciano: Antes de voltar pra casa