Há anos, de um jeito que não foi nem de perto parecido com o que aprendi na escola (aquele antigo 1º grau), proclamaram a Independência do Brasil.
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Palavra bonita essa.
I-n-d-e-p-e-n-d-ê-n-c-i-a!
Tão distante no tempo e no espaço do que tenho sentido e vivido. Descobri o quanto sou dependente de todos a minha volta: meus tios queridos, minha irmã passeante, meu velho pai. Senti de perto um medo tremendo de não mais poder acordar às sextas-feiras bem cedo e ter a tranquilidade da carona do pai; pavor só de imaginar que algo bem ruim poderia acontecer com ele enquanto o sono tomava conta do corpo cansado de um dia cheio de boas companhias e uma noite carregada de problemas tristíssimos; medo da saudade infinita que se abateria em mim caso aquela imagem ruim do início da noite se solidificasse.
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Ah, meu papaizinho..., preste atenção ao que lhe digo: enxugue as lágrimas do rosto e "não tenha medo, meu velhinho adorado / estarei sempre ao teu lado / não lhe deixarei jamais"; mesmo que muito me custe, mesmo que eu sinta que alguma coisa está fora do lugar... Quem deveria ainda cuidar de mim é o senhor! Muita vez eu não tenho forças, pai! Vezenquando me irrito, nem sempre é fácil tomar conta de alguém tão cabeça branca e dura. Mas "sua filha está falando: quero saber qual a tristeza que existe / não quero ver você triste", não tenha medo, meu pai! Para sempre, enquanto as forças não se me esgotarem, aqui eu vou estar! Da mesma forma que eu tenho certeza plena da sua presença incondicional - desde "detalhes tão pequenos" até grandiosidades.
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Dispersando (outros) sentimentos (mais):
Irmã, "o meu melhor presente é ter você presente". Preciso soltar as palavras, elas não me cabem de quando em vez e tô com saudade do seu colo. Precisei demais e acho que ainda.
Tios queridos, com palavras não sei dizer. "Amo" será que descreve? porque "Obrigada" sei que já não cabe mais!
"Meu papaizinho não precisa mais chorar / saiba que não vou deixar você sozinho, abandonado". Amo demais, pai. E quero que você fique por aqui, perto, muito muito muito tempo..
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♫ Carmem Silva: Meu velho Pai.
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Perdoem-me o sentimentalismo (que nada nada tem de barato!), caros pass(e)antes! À flor da pele é como me encontro. Tremor nas mãos, boca seca, palavras e estômago embaralhados. é que tomei um susto!!! e algumas imagens precisaram se transformar em palavras. Pobres, confesso! Mas tão sublimes ao meu coração, tão lacrimosas enquanto saem dos dedos, que me permiti. É que sou por demais dependente, inclusive de palavras. Muito mais dos meus sentires..
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pS: "loiras estúpidas", aquelas que se casam com príncipes encantados (argh!), não são sempre loiras. ;)
2 comentários:
Velhos tempos.. o que era um 7 de setembro hem caríssima ?
Com ou sem sustos, pego-me pensando/sentindo realidades paralelas, que parecem (e quero) distantes, mas que acho que sinto que sei que acontecerão (e cada vez mais perto).
Sei como é.
Uma beijoca.
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