quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

desatinos

vontades que não passam que insistem em aparecer, latejar
e o som da voz
escondida
e a saudade doída e calada e apertada no nó da garganta ao ouvir a canção, amado
como você me dói vezenquando!
como eu te queria vez-em-sempre
como eu SÓ te queria...
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Em alguns anos de solidão (que não chegam a cem, mas até que são muitos) apenas ele desperta o interesse da Ana. Ah, como essa moça queria poder gostar e falar e beijar e viver. Como pode ser gostar de alguém e esse tal alguém não ser meu? Ana já não sabia mais... E se escondia, dia-a-dia, naquele discurso [ que todos já sabiam furado ] de mulher moderna e independente.

Mas Ana bem sabia... queria era poder gostar e falar e beijar e viver. Mas temia só ela saber disso.

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